Atualmente, o estado de Mato Grosso se destaca como o estado do Agronegócio. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em agosto de 2018, o estado de Mato Grosso respondeu por 15,1 % do Valor Bruto da Agropecuária (VBP) estimado para o Brasil, ocupando a primeira posição na produção de soja e algodão e destacando-se em culturas como arroz, milho e cana-de-açúcar, além de possuir o maior rebanho bovino do país.
No caso da soja, a produção passou de 17,9 para 31,23 milhões de toneladas e a área plantada aumentou de 6,1 milhões para 8,6 milhões de hectares nos últimos dez anos, avançando pelos solos do Cerrado. Embora este crescimento esteja diretamente relacionado ao aumento do nível tecnológico aplicado aos sistemas de produção, o desmatamento, a utilização de grandes quantidades de insumos trouxeram enorme pressão sobre a conservação do meio ambiente. O uso excessivo de produtos químicos para correção e manutenção da fertilidade do solo, bem como de agrotóxicos e afins para controle de pragas e doenças, podem provocar a contaminação dos ecossistemas.
Uma das alternativas mais recentes para alterar esse paradigma é a nanotecnologia. A literatura científica mostra que vários materiais nanoestruturados possuem grande potencial para utilização na agropecuária como nanofertilizantes, nanoherbicidas, nanopesticidas, medicamentos veterinários de liberação controlada, nanosensores dentre outras tecnologias inovadoras.
Neste contexto surgiu, em 2018 a Rede MT-NanoAgro, buscando aproveitar o máximo do potencial do agronegócio mato-grossense, por meio do desenvolvimento e adoção de tecnologias disruptivas, eficientes e sustentáveis para as práticas agrícolas modernas em larga escala e na agricultura familiar.